Cada um vem com um dom especial, dizem. Uns cozinham bem, outros são bons desportistas, outros têm jeito para desenhar. Eu faço merda! Fazer merda é uma arte, não é para qualquer um, principalmente com a intensidade, classe e frequência com que eu consigo fazer.
Eu sou desastrada, desengonçada, distraída, apressada, é lógico que isso me arranje muitas feridas, nódoas negras e esfolados pelo corpo.
Sempre fui desastrada, aqui me confesso e assumo o título: tropeço em qualquer coisa, deixo cair tudo ao chão, dou encontrões em tudo quanto é sítio, parto coisas...
Hoje estava com pressa para sair de casa que nem vejo a porta e vou mesmo é contra a parede, "outch, o meu ombro".
Estava a arrumar a cozinha com o meu MP3, que as tarefas domésticas só lá vão com música, o fio dos auscultadores prendeu numa gaveta e quase que fico sem orelhas.
Agora à noite estava a ir para o quarto tropecei em qualquer coisa e caí pelas escadas acima, é verdade, pelas escadas ACIMA, "Ai, ai as minhas canelas".
Mas cheguei a um ponto em que já estou anestesiada, já passei a achar natural e não ligo para estragos.
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