domingo, 9 de maio de 2010

Fátima

Hoje fui a Fátima, ao Santuário, e não posso dizer que tenha ficado indiferente ao lugar, nunca fico. Aquele lugar transmite-me paz e serenidade.
Há ali qualquer coisa, indefinível, que agita o coração cá dentro.
Mas apesar de cristã, nutro sentimentos contraditórios em relação ao fenómeno religioso de Fátima. Se, por um lado, acredito nas Aparições de Fátima por outro, recuso a apropriação da fé para fins lucrativos, evidenciada pela enorme quantidade de lojas e de vendedores que tomaram de "assalto" as imediações do santuário.
Um lugar sagrado como este deve valer pela riqueza que encerra em si mesmo e não pelo que foi feito à sua volta. Um espaço como o Santuário de Fátima devia estar isolado... devia ser respeitado... devia estar distante da fome de lucro.
Mas parece-me que este é um processo inevitável. Ninguém o pode contrariar nesta altura. Tudo é negócio, tudo serve para fazer dinheiro... até o sofrimento e a fé de quem procura em Fátima as respostas que o destino teima em não dar.

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